Hidrocefalia - Dr. Egmond Alves

Hidrocefalia

O que é a hidrocefalia?

A hidrocefalia é uma condição médica definida quando existe líquido cefalorraquidiano (líquor) em excesso dentro do crânio. O líquor é um líquido transparente muito parecido com a água e que tem o papel de proteger o cérebro e a medula espinhal. Quando acontece a hidrocefalia, o acúmulo de líquor pode levar a uma aumento de pressão dentro do crânio.

Crianças que nascem prematuras ou com problemas no cérebro apresentam risco maior de desenvolver hidrocefalia. No entanto, outros problemas também podem causar a hidrocefalia, tais como: traumas, infecções, tumores e hemorragias.

Imagem Hidrocefalia

Quais são os sintomas?

Em crianças muito novas, os principais sinais e sintomas são:

  • A cabeça começa a aumentar de tamanho (é importantíssimo o acompanhamento com a medida do perímetro cefálico durante a consulta com o pediatra);
  • Dilatação das veias do crânio;
  • O sinal do “sol poente”, quando a criança apresenta dificuldade de olhar para cima, mantendo os olhos para baixo (foto abaixo).
Imagem Hidrocefalia

Em crianças mais velhas:

  • A cabeça com tamanho maior que o habitual;
  • Dor de cabeça (principalmente pela manhã);
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Alteração do humor (irritabilidade ou sonolência).

Existe um exame para a Hidrocefalia?

Em recém-nascidos (RN), o exame de ultrassonografia do crânio pode ser realizado. Esse exame não utiliza radiação (como acontece na tomografia), o que é mais benéfico para o cérebro dos RNs em desenvolvimento. Em crianças mais velhas, após o fechamento da fontanela, os exames utilizados são a Ressonância Magnética ou a Tomografia do Crânio.

Em alguns casos, há necessidade de utilizar a coleta de líquor através de punção lombar. Nesse exame, o médico introduz uma agulha nas costas do paciente e retira um pouco de líquor para exames.

Qual o tratamento para a hidrocefalia?

O objetivo do tratamento para a hidrocefalia é aliviar a pressão dentro do crânio através de desvios para a drenagem do líquor. Existem dois tipos de cirurgia que são realizadas mais frequentemente para tratamento da hidrocefalia:

  • Derivação ventrículo-peritoneal (DVP): o médico utiliza um sistema de drenagem que conecta o crânio com o abdome do paciente, através de uma válvula. Na foto abaixo, a seta indica o trajeto do cateter de DVP dentro do abdome do paciente seguido do tórax;
  • Imagem Endoscopia
  • Terceiro-Ventriculostomia Endoscópica (IIIVE): Neste tipo de cirurgia, o neurocirurgião é guiado com uma câmera e faz uma abertura no assoalho do III ventrículo para facilitar a passagem de líquor e aliviar a pressão dentro do crânio (vídeo abaixo).

Como será a vida do meu filho?

Muitas crianças que necessitaram cirurgia para hidrocefalia vão precisar de mais de uma cirurgia para trocar o sistema de DVP. Isso é chamado de revisão do sistema. Algumas crianças necessitam de várias cirurgias de revisão e a razão disso é que com o crescimento da criança, a ponta do cateter de DVP sai do abdome e a drenagem do líquor não acontece mais. Com o passar do tempo, o sistema pode parar de funcionar por diversos outros fatores, necessitando de mais cirurgias. Crianças com DVP tem risco de apresentarem infecção em sistema nervoso central, convulsões e atrasos no desenvolvimento.

Adultos também podem desenvolver hidrocefalia?

Assim como as crianças, os adultos também podem desenvolver hidrocefalia por diversas causas. Muitos sintomas são semelhantes aos das crianças mais velhas, sendo os principais:

  • Cefaleia, com ou sem náuseas e vômitos;
  • Alteração visual (geralmente borramento da visão);
  • Alteração de comportamento (sonolência).

Alguns adultos mais velhos desenvolvem a chamada “Hidrocefalia de Pressão Normal”. Os sintomas incluem:

  • Sintomas semelhantes a demência (esquecimento);
  • Dificuldade de deambular;
  • Alteração no controle da urina.

Os exames e tratamentos para os adultos são os mesmos utilizados nas crianças.

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